A desvalorização da profissão docente tem sido tão intensa que afeta não apenas o setor público como também, naturalmente, quem trabalha no setor privado.
No S.TO.P. temos sempre defendido, de forma vincada, a defesa da Escola Pública nomeadamente porque esta é a única que pode garantir um ensino de qualidade para todas as nossas crianças/jovens, independentemente se são filhos de ricos ou de pobres.
No entanto, o S.TO.P. representa e defende todos os Profissionais da Educação (docentes, assistentes operacionais, assistentes técnicos, técnicos superiores/especializados) do setor público e privado, em particular os colegas que demonstram que estão dispostos a lutar por si e pela sua classe.
Nesse sentido, o ano letivo passado, o S.TO.P. já esteve ao lado de colegas do ensino privado, em luta contra o assédio que estes sofreram num colégio privado de Coimbra (com resultados positivos) e, agora, mais recentemente, o S.TO.P. esteve, também, ao lado de docentes do ensino privado, em Lisboa, que decidiram, democraticamente, avançar com uma greve aos dois primeiros tempos, reivindicando uma valorização salarial e melhores condições de trabalho.
Como sabemos, nunca é fácil fazer greve, sobretudo no setor privado, onde as pressões e as intimidações são ainda maiores, o que torna esta greve ainda mais uma “pedrada no charco” num setor (privado) onde não há qualquer tradição de greves. Assim, o S.TO.P. voltou a estar presente em mais uma luta pela dignificação de quem trabalha nas escolas!
NOTA: no dia da greve, além da solidariedade de muitos encarregados de educação, chegámos mesmo a ouvir pais a comentar que “nem sabia que era possível fazer greve nas escolas privadas”, o que reforça a importância desta luta também na educação cívica (destes encarregados de educação e de todo o país, através dos media), sendo que a greve é, efetivamente, um direito constitucional para todos os trabalhadores, quer do setor público quer do setor privado da Educação, em Portugal.