Piquete de greve e comunicado das monitoras da A.P.E.E. Veiga Ferreira no primeiro dia de greve

Esta segunda-feira, dia 17 de fevereiro, iniciou-se a greve das trabalhadoras – monitoras de ATL, CAF e AAAF – da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica Veiga Ferreira, em Famões, Odivelas.

O S.TO.P. esteve presente no apoio ao piquete de greve que elas realizaram. Neste, foi distribuído um comunicado aos pais sobre os motivos da greve, que paralisou as atividades de ATL, CAF e AAAF, durante a manhã, numa demonstração de grande determinação.

A greve continuará amanhã e no dia 3 de março.


Comunicado das trabalhadoras da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica Veiga Ferreira (A.P.E.E.)

Há décadas que, nós, as trabalhadoras da A.P.E.E. dedicamos todo o nosso esforço profissional na educação e no apoio às famílias das crianças da Escola Básica Veiga Ferreira.

Há um reconhecimento geral da qualidade do nosso trabalho e da nossa dedicação, por parte da comunidade escolar, que até se traduziu numa medalha de honra atribuída a uma colega nossa, por parte da Junta de Freguesia. Contrariamente, não é essa a consideração que temos tido pela direção da A.P.E.E..

Por exemplo, esse nosso esforço, resultou em milhares de horas de trabalho gratuito (limpeza e manutenção da escola) que todos os anos e dias nos era solicitado, que até hoje não nos foi compensado, ou o horário alargado que cumprimos e que alcança 12h diárias (agora retribuído sim, mas que sempre o fizemos com espírito e profissionalismo).

Nos últimos anos, o nosso salário foi encolhendo de forma proporcional, devido à inflação e em comparação com o salário mínimo. Queremos uma valorização salarial que nos permita ter uma vida digna. Nós, também, temos os nossos filhos e sentimo-nos desconsideradas e desvalorizadas depois de tanto trabalho.

Depois de tantos anos e de inúmeras tentativas de fazer ver a precariedade da nossa situação e de obter respostas e soluções, foi preciso recorrer à greve para que a direção da A.P.E.E. nos reconheça, na prática, o nosso trabalho.

Somos quase todas colaboradoras com mais de 20 anos de casa, desta forma, não considerem esta nossa greve como uma falha às nossas crianças ou às famílias, mas sim um basta, um STOP à falta de reconhecimento de uma casa que nós colaboradoras construímos!

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