Desde o primeiro trimestre do ano passado que estamos numa luta pela melhoria das condições de trabalho das trabalhadoras da A.P.E.E. da Escola Básica Veiga Ferreira, em Odivelas. Algumas colegas têm 10, 15 e mais de 20 anos de trabalho nesta associação, como monitoras de ATL/AAAF/CAF (tendo inclusive recebido medalhas de honra da junta de freguesia por bons serviços prestados às crianças da freguesia), não recebendo nem mais um cêntimo por isso.
Até agora, junto com o S.TO.P., conseguiram o ressarcimento por anos de formação não obtida, deixaram de efetuar, de forma gratuita, as limpezas e manutenção da escola que, durante décadas, quando eram responsabilidade da escola – contabilizam milhares de horas de trabalho prestadas sem qualquer remuneração e, no último mês, passaram a receber um pequeno subsídio pelo período inativo alargado entre os dois turnos que têm de realizar.
Para além disso, raramente viram os seus vencimentos atualizados ou aumentados ao longo dos anos, encontrando-se, agora, com os mesmos colados ao salário mínimo nacional, isto é, na prática, recebem proporcionalmente menos que em anos anteriores.
Apesar de propostas apresentadas para atualização e valorização dos seus vencimentos, estas nunca foram objeto de uma verdadeira e honesta consideração por parte da direção.
Face às contínuas faltas de consideração e ao arrastar desta situação, as trabalhadoras da A.P.E.E. da Escola Básica Veiga Ferreira, em Odivelas, decidiram, por unanimidade, recorrer à greve para reivindicar aumentos salariais, do valor do subsídio de refeição, assim como um mecanismo de valorização salarial por antiguidade.
Com este propósito, as trabalhadoras estarão em greve, nos próximos dias 17 e 18 fevereiro e 3 de março de 2025.
Mais uma vez, também no ensino particular e cooperativo, o S.TO.P., de forma democrática, dá voz e meios à luta por melhores condições laborais dos profissionais de educação, onde quer que estes manifestem essa vontade.
