O ataque ao ator Adérito Lopes, no dia 10 de junho, não é apenas um mero ato de agressão e violência gratuitas, mas antes um modo sistemático de organizações e políticas que têm como propósito retirar direitos, amordaçar a liberdade e garantir trabalhadores subjugados e submissos aos interesses gananciosos de uns poucos.
Os contínuos ataques aos direitos sindicais, em especial ao direito à greve, pelos sucessivos governos, são adubo que potencia e legitima estes atos de intimidação crescentes, por exemplo, as tentativas de ilegalização das greve, a aplicação de serviços mínimos ilegais e à substituição de grevistas nas greves que continuamos a assistir.
Internacionalmente, vejamos o caso de Trump que, no dia 11 de junho, mandou prender o Vice-Presidente dos Sindicatos de Los Angeles, que representa 1 milhão de trabalhadores, ou o genocídio em curso do estado de Israel sobre o povo palestiniano, ou a invasão e agressão militar do estado russo ao povo ucraniano.
Não podemos ficar indiferentes à violência e ao autoritarismo crescentes, em Portugal e no Mundo, ou a estes ataques neofascistas que têm ocorrido.
Por isso, juntaremos forças, este domingo, dia 15 de junho, à frente do Teatro “A Barraca”, em Lisboa, com todos aqueles que não aceitam estes atentados à dignidade humana e à democracia.
Uma Escola com liberdade e democracia é incompatível com o fascismo.
JUNTOS SOMOS + FORTES!
Relembramos as palavras lúcidas e pertinentes neste poema de Bertolt Brecht:
É PRECISO AGIR
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
