OS NOSSOS ALUNOS PRECISAM DE UMA ESCOLA PÚBLICA VALORIZADA, UNIVERSAL, GRATUITA E DE EXCELÊNCIA
Nestas eleições antecipadas de 18 de maio, é importante que os Profissionais da Educação leiam os programas eleitorais dos partidos para que votem em consciência.
Não podemos fechar os olhos a quem, já tentou em novembro passado e anuncia agora, pretender restringir e, na prática, esvaziar o direito à greve, direito fundamental da democracia.
Não podemos fechar os olhos ao processo de privatização da educação em curso, quando se concessionou 200 salas de pré-escolar ao setor privado.
Não podemos fechar os olhos a quem pretende, perigosamente, apoiar o ensino privado com financiamentos estatais e com ideias ditas inovadoras, como “cheques-ensino” ou “liberdade de escolha” mas, curiosamente, esteve e está calado contra a falta de democracia/ liberdade nas escolas.
Não podemos fechar os olhos a quem quer constituir uma casta de diretores através da criação de uma carreira específica para os colocar mais diretamente ao serviço dos governos e não da educação e de uma autonomia democrática das escolas.
Não podemos fechar os olhos a quem nem sequer manifesta vontade de corrigir injustiças como a CGA, as avaliações com quotas, a municipalização da Educação, a falta de democracia/liberdade nas escolas, na falta de acesso à medicina do trabalho ou os milhares de Profissionais da Educação esquecidos na recuperação do seu tempo de serviço, na correção das ultrapassagens e reposicionamentos.
SÓ HÁ EDUCAÇÃO DE QUALIDADE COM PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO DIGNIFICADOS
É HORA DE INVESTIR NOS SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS A FAVOR DAS POPULAÇÕES
Não podemos fechar os olhos ao corte de 74% no financiamento aos investigadores em ciência, um desinvestimento atroz na capacidade de inovação no país.
Não podemos fechar os olhos a quem defende o maior investimento de sempre em armas com aumento em milhares de milhões de euros anuais, mas não defende um maior investimento nos serviços públicos essenciais, tais como a Saúde, a Educação, os Transportes e na valorização dos profissionais destes setores, bem como, das Pensões.
Há, também, muito dinheiro no nosso país que está muito mal distribuído. Por exemplo, não podemos esquecer que quando os bancos apresentaram prejuízos, o Estado português injetou na banca mais de 20.000 milhões de euros, socializando dessa forma os seus prejuízos. No entanto, agora que os bancos apresentam lucros recorde (muito à custa de exorbitantes juros à habitação e de artificiais taxas/comissões), esses lucros enormes não estão a ser socializados para termos serviços públicos de qualidade para todos (Educação, Saúde, Justiça, Transportes, Informação, Cultura, etc).
Por isso, Não podemos fechar os olhos nas próximas eleições, não se deixe enganar e não hipoteque o presente e o futuro do seu filho/neto:
VOTE A FAVOR DA ESCOLA PÚBLICA E DA VALORIZAÇÃO DE TODOS OS SEUS PROFISSIONAIS.
VOTE PELA DEFESA DA ESCOLA PÚBLICA (E DOS OUTROS SERVIÇOS PÚBLICOS), DA DEMOCRACIA E DO DIREITO À GREVE.