As eleições e perspetivas para a Escola Pública

Esta semana o país teve conhecimento dos resultados finais das eleições de 10 de março. Constatou-se que houve, claramente, uma viragem à direita e um preocupante crescimento da extrema direita.

Somos Profissionais da Educação e temos de aprender com a história. Em todo o mundo, quando a extrema direita ganha mais poder, tem de forma geral questionado direitos cívicos (por exemplo das mulheres) e, também, direitos sindicais (como a greve) além de, como a própria Vice-Presidente do CHEGA admitiu no seu recente congresso, valorizarem a Escola Privada em prejuízo da Escola Pública (ver video no 1.° comentário a esta publicação).

Que não haja qualquer dúvida, só os serviços públicos é que podem garantir serviços essenciais (ex: Educação, Saúde, Justiça, entre outros) de qualidade para todos (ricos e pobres).

Há demasiadas injustiças e muitos problemas que se arrastam há décadas nas escolas e, se o novo governo quiser efetivamente mudar a página, além de questões específicas para cada setor, há questões incontornáveis e fundamentais para todos os Profissionais da Educação (Docentes, Assistentes Operacionais e Técnicos, Técnicos Superiores e Especializados), nomeadamente:

Gestão escolar democrática;

Avaliação justa e progressão sem quotas;

Direito à CGA para todos;

Contagem de todo o tempo de serviço;

Fim da Municipalização;

Aumento mínimo de 120 euros para todos para compensar a inflação dos últimos anos.

Os Profissionais da Educação sabem que todas as conquistas que forem conseguidas com este novo governo não serão fruto da “boa vontade” dos políticos mas foram conseguidas graças à sua grandiosa luta sem precedentes que começou a 9 de dezembro de 2022 impulsionada de forma democrática e independente por um único sindicato.

O S.TO.P. continuará a pugnar por uma Escola Pública de qualidade para todos os que lá trabalham e estudam e, perante ataques semelhantes contra os diferentes serviços públicos, defendemos, ainda, a necessidade da coordenação/unidade de todos os que trabalham nos serviços públicos. Juntos somos mais fortes, também para defender todos os serviços públicos essenciais para as nossas populações.

Como ficou evidente para todos, o S.TO.P. não “tem o rabo preso” a ninguém (seja à esquerda ou à direita) e ousámos impulsionar a maior luta de sempre na Educação no nosso país enfrentando um governo PS. E, como sempre afirmámos durante a campanha eleitoral, seja qual for o próximo governo, mais à esquerda ou mais à direita, se não investir na Escola Pública, se não valorizar todos os Profissionais da Educação, a luta pela Escola Pública continuará.

No S.TO.P. quem decide as lutas são os Profissionais da Educação e não qualquer governo, município, empresa ou partido (seja ele qual for) e, por isso a luta, doa a quem doer, continuará a ser decidida, democraticamente. por quem trabalha nas escolas.

JUNTOS SOMOS + FORTES!

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